"Sometimes they come back..."!

Existe uma certa beleza no ar nostálgico de alguns dias. Lembrar da infância, do cheiro da grama, dos doces e dos monólogos com bonecas.
Hoje meu dia se encheu de nostalgia, talvez não tão bela quanto essa que enfeita as memórias de algumas pessoas.
É ruim lembrar que você não fez tanta diferença assim na vida de alguém que te fez chorar quando foi embora. É ruim lembrar que, se o seu pseudo-estresse adolescente não tivesse atrapalhado, uma amizade poderia vingar mais do que já vingou. Alguém que passou dois, até três anos conversando diariamente com você faz uma certa falta, mesmo depois de dois anos.
Cada plano... Muitos planos, muitos mesmo. E todos foram embora com um só aviso, um sorriso de descrença e a tristeza do mês.
Sua carta ainda está aqui e ela sempre me faz rir. Pelo menos o registro da sua letra (a mais bonita, né?) eu ainda tenho.



Saturday, June 13, 2007
Menos um para sofrer, ver o mundo acabar. Menos um olhando a miséria das ruas de São Paulo, menos um vendo que nada pode ser feito.
Menos um para brincar, sorrir e chorar. Menos um para brigar. Menos um para dançar e se divertir, menos um... mas no final, sempre sobra um. Sobra um para tomar as dores de um que se foi, para ver que o mundo vai acabar, olhar a miséria das ruas de São Paulo e não fazer nada, para tentar brincar, sorrir... mas só conseguir chorar e brigar na hora de se divertir, lembrando daquele que não está mais aqui.


Quem quiser ignorar o post, pode ignorar. É só a vontade registrar a importância/falta que alguns fazem na nossa vida.


"...but not this time."

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"Let me light up the sky
light it for you
let me tell you why
I would die for you"

Dezembro:

- Pois não, como vamos? Que bom, que bom. Boas festas, feliz natal, um bom ano novo, que tudo aconteça bem, tudo, tudo, que sua vida seja linda, que terremotos catastróficos e confusões mentais não toquem sua campanhia na noite de terça-feira.

   Então trago toda aquela conversa nostálgica mais uma vez. Talvez fosse mais apropriado deixar de lado todas as considerações sobre o tempo para os canais de televisão e seus especiais (que já são especiais há tantos e tantos anos) de fim de ano, mas não. Outra vez venho aqui reprisar outros mais de 300 dias.
   Há alguns meses atrás eu poderia me considerar uma jovenzinha eufórica por ter entrado na faculdade. Acreditava que a partir daquela linha que eu tinha cruzado (a que separa nós, universitários iluminados que assistem aulas em cadeiras acolchoadas, daqueles mortais que ainda estão sendo obrigados a sentar em suas cadeiras de madeira rabiscada e a ouvir baboseiras sobre tudo que a vida não é) eu poderia sentar, tomar um refrigerante e ver o tempo passar. Entretanto, podemos dizer que a universidade proporcionou algumas mudanças (e nem todas alimentaram essa minha parte preguiçosa).
  Não seria exagero algum falar que cresci mentalmente, que mudei. Acho que é notável, mas essa conversa não me agrada muito. Saber que cada dia o tempo passa mais rápido não é algo bom. Acho que hoje, mais do que nunca, sinto falta dos brinquedos coloridos, da falta de pudor e da esperança em um mundo melhor. Os anos passam e estou me parecendo cada vez mais com Eles..
  A racionalidade, o sentimentalismo, a vivência das estórias contadas. Talvez esses sejam os pontos que mais marcaram as mudanças nesses 300 e tantos dias. Toda a prática teórica, pronfunda estigmatização. Tudo hoje é abstruso, incoerente, sarcasmo inerente, blá, blá, blá.
  Apesar dos pesares, ainda encontro lugares escondidos. Pra lá eu vou fugindo dessas palavras que há menos 300 e poucos dias eram desconhecidas e irrelevantes.
  Um brinde ao ano novo. :)