A nova estação - 22/04/11 18:46

Há muito tempo não venho aqui. Um dia me falaram que as ideias boas vinham dos sentimentos ruins. Me disseram, pouco depois, que meus textos eram bons.
Não ando escrevendo muito... Culpa da felicidade instantânea causada por uma pessoa e é sobre isso que vou falar agora. Não garanto que será um bom texto, além do mais... estou feliz.

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A frieza do chão de pedra que outrora era um castigo para a sola de seus pés se tornou mais do que convidativa nas manhãs de segunda-feira. Sem obrigação, levantava às 5h para não se atrasar. Chegava em seu destino uma hora antes do combinado e não se importava, desde que o desfecho fosse o mesmo das semanas anteriores.
Em ocasiões passadas a felicidade era um sonho, daqueles que se tornam um pesadelo depois do despertar. Agora o sonho era vívido e colorido, como se espera ler quando se chega no final de cada conto de fadas.
Assistem todas as estações passarem como se fossem horas. O toque dos corpos que antes era repulsivo com ela era mais do que algo necessário.
O motivo da fala, a essência do sorriso, a expressão dos olhos, a obsessão, tudo. Tudo tinha mudado em função do que se pode chamar de "amor" (o que não se pode descrever). Todo o tempo do mundo parece finito demais. Os dias passam e, de uma hora para outra, deixa de contar os meses para contar os anos.

Espera de sete em sete dias, então, que o chão de pedra a acorde antes mesmo do despertar do sol para que assim possa ser feliz mais uma vez.